O
Advento (do latim Adventus: "chegada", do verbo Advenire:
"chegar a") é o primeiro tempo do Ano litúrgico, o qual antecede o
Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de expectativa,
onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus Cristo, vivem o arrependimento e
promovem a fraternidade e a Paz. No calendário religioso este tempo corresponde
às quatro semanas que antecedem o Natal. O tempo do Advento é para toda a
Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã.
É
tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos
alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara
para a chegada de seu noivo, seu amado.O Advento começa às vésperas do Domingo
mais próximo do dia 30 de Novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de
Jesus contando quatro domingos.
Esse
tempo possui duas características: Nas duas primeiras semanas, a nossa
expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus
Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. As duas últimas
semanas, dos dias 17 a 24 de Dezembro, visam em especial, a preparação para a
celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Por isto, o Tempo do
Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa.
A
liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais
cristãos, como a alegria expectante e vigilante, a esperança, a pobreza, a
conversão.
O
tempo do Advento formou-se progressivamente a partir do século IV e já era celebrado
na Gália e na Espanha. Em Roma, onde surgiu a festa do Natal, passou a ser
celebrado somente a partir do século VI, quando a Igreja Romana vislumbrou na
festa do Natal o início do mistério pascal e era natural que se preparasse para
ela como se preparava para a Páscoa. Nesse período, o tempo do Advento
consistia em seis semanas que antecediam a grande festa do Natal. Foi somente
com São Gregório Magno (590-604) que esse tempo foi reduzido para quatro
domingos, tal como hoje celebramos.
Um
dos muitos símbolos do Natal é a coroa do Advento que, por meio de seu formato
circular e de suas cores, silenciosamente expressa a esperança e convida à
alegre vigilância. A coroa teve sua origem no século XIX, na Alemanha, nas
regiões evangélicas, situadas ao norte do país. Nós, católicos, adotamos o
costume da coroa do Advento no início do século XX. Na confecção da coroa eram
usados ramos de pinheiro e cipreste, únicas árvores cujos ramos não perdem suas
folhas no outono e estão sempre verdes, mesmo no inverno. Os ramos verdes são
sinais da vida que teimosamente resiste; são sinais da esperança. Em algumas
comunidades, os fiéis envolvem a coroa com uma fita vermelha que lembra o amor
de Deus que nos envolve e nos foi manifestado pelo nascimento de Jesus. Até a figura
geométrica da coroa, o círculo, tem um bonito simbolismo. Sendo uma figura sem
começo e fim, representa a perfeição, a harmonia, a eternidade.
Na
coroa, também são colocadas quatro velas referentes a cada domingo que antecede
o Natal. A luz vai aumentando à medida em que se aproxima o Natal, festa da luz
que é Cristo, quando a luz da salvação brilha para toda humanidade. Quanto às
cores das quatro velas, quase em todas as partes do mundo é usada a cor
vermelha. No Brasil, até pouco tempo atrás, costumava-se usar velas nas cores
roxa ou lilás, e uma vela cor de rosa referente ao terceiro domingo do Advento,
quando celebra-se o Domingo de Gaudete (Domingo da Alegria), cuja cor litúrgica
é rosa. Porém, atualmente, tem-se propagado o costume de velas coloridas, cada
uma de uma cor, visto que nosso país é marcado pelas culturas indígena e afro,
onde o colorido lembra festa, dança e alegria.
Por: Jilvan.
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